15 Corpos incorruptos de alguns Beatos e Santo



No livro do Eclesiastes, se lê esta frase: 'Lembra-te que és pó. E ao pó retornarás'. Além de lembrar ao homem sua condição perecível e transitória, esta sentença recorda a aniquilação física, a decomposição do organismo, após a morte. A realidade é constatada quase universalmente. Digo quase universalmente, por se darem exceções, embora raríssimas, de não decomposição física. Exceção esta conhecida pelo nome de Incorrupção. 



A Incorrupção é a preservação do corpo humano da deteriorização que comumente afeta todo organismo poucos dias após a morte. É evidente que são excluídas as mumificações, as saponificações e outros processos químicos de preservação dos corpos dos mortos; pois seriam incorrupções artificiais.rci pede. Incorruptibilidade(corpos incorruptos) Os corpos incorruptos não ficam rígidos e secos, mas estão, em sua maioria, úmidos e flexíveis, em alguns casos há muitos séculos. E mais: estão em condições naturais que ajudariam na decomposição do corpo!!! Trata-se da preservação milagrosa de um corpo, e como tal não obedece a nenhuma lei natural – solo quente seco, terreno rico em calcário, solo radiativo etc – e nem foram embalsamados. Alguns até exalam algo como que perfume! No caso dos corpos incorruptos de alguns santos, o enterro aconteceu muito tempo depois de sua morte, impossibilitando esta condição. São Bernardino de Sena, por exemplo, ficou 26 dias exposto. Santa Ângela de Merici, 30 dias; Santa Teresa Margarida do Sagrado Coração, 50 dias! Veja alguns exemplos de santos que tiveram seu corpo preservado:


 Beata Ana Maria Taigi (1769-1837) 





Nasceu em Sena de Toscana. Viveu em humilde simplicidade, atendendo a um pobre lar com sete filho, vendo-se obrigada em várias ocasiões a sustentar a casa com seus trabalhos de costura, quando seu marido perdeu seu emprego. Foi uma mulher de luzes extraordinárias e rodeada de maravilhosos carismas e dons extraordinários. O cardeal Pedicini refere a sua declaração juramentada sobre os portentos que ele presenciou nessa mulher extraordinária, e que podem ser consultados no processo de sua beatificação. Diz o citado Cardeal que Ana Maria Taigi vinha os pensamentos mais secretos das pessoas presentes ou ausentes; os acontecimentos dos séculos passados, e a vida que levavam as mais importantes personagens. Poderia se dizer que este dom era onisciente, era conhecimentos de todas as coisas em Deus, na medida em que a inteligência humana é capaz de conhecê-lo nesta vida. E acrescenta o Cardeal: "Me sinto impotente para descobrir as maravilhas de quem fui confidente durante 30 anos". O decreto de beatificação a aponta como: "pródigo único nos fastos da Santidade". 

Ângela da Cruz (1846-1932)



Nasceu nos arredores de Sevilha em 30 de Janeiro de 1846, tendo sido baptizada no dia 2 de Fevereiro seguinte na paróquia de Santa Luzia. Pouco tempo teve de escola, aprendendo a escrever, algumas noções de aritmética e catecismo. Apesar da sua pobreza, desde pequena se habituou a partilhar os bens da sua casa com os mais pobres. Na família aprendeu a rezar o Terço e a celebrar o mês de Maio, dedicado à Virgem Maria. Manhã cedo, acompanhava seu pai para a oração do Terço; em 1854 fez a Primeira Comunhão e recebeu a Confirmação no ano seguinte. Começou a trabalhar aos doze anos numa sapataria, onde também se rezava o Terço, diariamente; ali começaram as suas experiências místicas. Começou a ensinar a sua profissão a outras meninas numa instituição chamada "As arrependidas", em Sevilha. O seu confessor ajudou-a a encontrar a sua vocação: ser monja. Por falta de saúde, não foi admitida no Carmelo fundado em Sevilha por Santa Teresa de Jesus, mas em 1868 entrou como Postulante nas Filhas da Caridade do Hospital central de Sevilha, de onde foi trasladada para Cuenca, com melhor clima para a sua saúde. Em 1870 teve de abandonar definitivamente a Instituição. Teve de viver como "monja sem convento", voltou ao seu trabalho, aceitou a orientação do seu director espiritual, escrevendo os seus pensamentos e desejos da alma, até descobrir a sua vocação perante uma Cruz: a fundação de um Instituto que, "por amor de Deus, abraçasse a maior pobreza, para poder ajudar os pobres". Com essa intuição, redigiu um projecto, com uma dimensão caritativa que a levasse a identificar-se com os menos afortunados: "fazer-se pobre com os pobres". Depois de participar na Santa Missa, instalou-se com outras três mulheres, num quarto alugado, onde tinham lugar principal um Crucifixo e um quadro da Virgem das Dores. Nasciam as Irmãs da Cruz. As casas da "Companhia" deviam ter um ambiente de limpeza, saudável alegria e contida beleza, com estilo simples para mulheres simples, afastadas da grandiosidade, mas com ar de doçura, de modo a que todas sentissem uma nova maneira de querer Deus e os pobres. Começaran a recolher meninas órfãs, as casas começaram a crescer, atendiam as pessoas na sua própria casa, pediam esmola com uma das mãos e distribuiam-na com a outra. Em 1879 foram aprovadas as primeiras Constituições pelo Bispo diocesano, tendo conmo carisma a oração, a austeridade, contemplação e alegria no serviço dos pobres. Depressa se estenderam por toda a Espanha, chegaram à Itália e à América. Madre Ângela encontrou-se com o Papa Leão XIII na beatificação de João de Ávila e de Frei Diogo de Cádiz, mas o assinatura do decreto de aprovação da Companhia só foi assinado por Pio X, em 1904. A Irmã Ângela foi nomeada Superiora-Geral, reeleita por quatro vezes, destacando-se pelas suas virtudes de naturalidade e simplicidade. Em 7 de Julho de 1931, foi atacada por uma trombose cerebral que a levaria à morte nove meses depois. Apesar de paralizada, mais procurava agradar do que incomodar. Faleceu em 2 de Março de 1932 e Sevilha passou durante três dias diante do seu cadáver. A Câmara Municipal celebrou uma Sessão extraordinária para elogiar a Irmã Ângela e deu o seu nome a uma rua da Cidade. Também ela foi beatificada por João Paulo II em 5 de Novembro de 1982, para ser, agora canonizada durante a viagem pastoral a Madrid. O seu corpo encontra-se incorrupto na Capela da Casa Mãe. 



Beato Gaetano Catanoso




O Beato Gaetano Catanoso nasceu a 14 de Fevereiro de 1879, em Chorio di San Lorenzo (Itália). Fundou as Irmãs Verónicas do Santo Rosto. Morreu em Reggio Calábria a 4 de Abril de 1963.



 Santa Bernardete - 16 de abril




Também conhecida como Santa Maria Bernadete e Santa Bernadete Soubirous. Ela nasceu no dia 7 de janeiro de 1844, em Lourdes, na França. Era de família pobre e chegou a trabalhar como empregada doméstica e pastora de ovelhas. Santa Bernadete tinha constantes visões da Virgem Maria. Em uma delas, a Santa foi conduzida a uma fonte que curava. Ela entrou para o Convento das Irmãs de Nevers. Lá aprendeu a ler e a escrever. Tinha saúde frágil. Morreu no dia 16 de abril de 1879, em Nevers, na França, enquanto orava a Maria. 


São Carlos Sezze, Franciscano - 25 de setembro


Nasceu em 1620 no povo italiano de Sezze. Um dia um bando de aves espantou os bois que Carlos dirigia quando estava arando, e estes arremeteram contra ele com grave perigo de matá-lo. Quando sentiu que ia perecer no acidente, prometeu a Deus que se fosse salvo se tornaria religioso. E milagrosamente ficou ileso. Pediu então a uns religiosos franciscanos que o ajudassem a entrar em sua comunidade e eles o convidaram a que fosse a Roma para que fale com o superior da congregação. Assim o fez junto com três companheiros mais e após ser provados com na humildade tratando-os com muita dureza, o superior permitiu admiti-los. Diante do pedido de muitas pessoas que lhe pediam incessantemente que redigisse algumas normas para orar melhor e crescer em santidade, o santo publicou um folhetim lhe causando diversas difuculdades pelo que quase é expulso de sua comunidade. Humilhado se ajoelhou diante de um crucifixo para lhe contar suas angústias, e ouviu que Nosso Senhor lhe dizia: "Ânimo, que estas coisas não lhe vão impedir de entrar no paraíso". A petição mais freqüente do irmão Carlos a Deus era esta: "Senhor, me acenda em amor a Ti". E tanto a repetiu que um dia durante a elevação da Santa hóstia na Missa, sentiu que um raio de luz saía da Sagrada Forma e chegava a seu coração. Ao fim os superiores se convenceram de que este singelo religioso era um verdadeiro homem de Deus e lhe permitiram escrever sua autobiografia e publicar dois livros mais, um a respeito da oração e outro a respeito da meditação. O Papa João XXIII o declarou santo em 1959, porque sua vida é um exemplo de que ainda nos ofícios mais humildes e em meio de humilhações e incompreensões podemos chegar a um alto grau de santidade e ganhar a glória do céu. 



Santa Catarina Labouré 




íntima da Mãe de Deus Catarina Labouré - que disse que viu a Virgem Maria "em carne e osso" e que teve o privilégio de se ajoelhar a Seus pés e descansar no Seu regaço, favor que não foi concedido a nenhum outro vidente - nasceu durante o repicar dos sinos do Angelus, no dia 2 de Maio de 1806. A mãe morreu-lhe quando tinha só nove anos de idade. Viram-na então a abraçar a estátua da Mãe de Deus, dizendo: "Agora Vós sereis a minha Mãe!" e alimentava um desejo ardente de ver Nossa Senhora. Era esse o pedido constante nas suas orações, e ela confiava serenamente que se realizaria. São Vicente de Paulo visitou-a num sonho aos dezoito anos, e foi aceite na sua comunidade em 22 Janeiro de 1830, com a idade de vinte e três anos. Santa Catarina considerou as aparições de um modo adequado: não como um favor pessoal (embora em certo sentido o tenham sido), mas como uma bênção geral para a humanidade. Considerou-se apenas como "um instrumento"e pediu ao seu confessor que lhe prometesse que guardaria sigilo da sua identidade, segredo que foi guardado durante 46 anos, mesmo das próprias religiosas da sua comunidade. Catarina foi canonizada em 1947, e por ordem do Arcebispo, seu corpo foi exumado. Verificou-se então que seu corpo estava perfeitamente conservado, e até os olhos ficaram intactos. Depositaram-no em um caixão de cristal, que pode ser visto na imagem acima. Santa Catarina também tinha o dom da profecia, e uma das suas profecias, ainda não realizada, refere-se ao grande triunfo de Nossa Senhora: "Oh que maravilha será ouvir 'Maria é a Rainha do universo.' Será um tempo de paz, gozo e bençãos que durará por um tempo bastante longo". 


 São Charbel Makluf 



Após a morte, bem como durante a vida, Padre Charbel foi considerado um santo. No dia de sua inumação, o superior anotou no diário do mosteiro de São Marun de Annaya o seguinte: "No dia 24 de dezembro de 1898 Padre Charbel de Beqa'Kafra, eremita, foi atacado pela paralisia; recebeu os últimos sacramentos, e morreu aos 70 anos de idade; foi sepultado no cemitério da comunidade, sendo superior o Padre Antônio Michmichâni. Os fatos "post-mortem"(após a morte) me dispensarão de dar maiores detalhes sobre sua vida. Fiel a seus votos, de obediência exemplar, sua conduta era mais angélica que humana". De fato, tratava-se de uma profecia que mais tarde se realizou. O corpo de São Charbel permaneceu intacto depois de sua morte; inclusive transpirava. Este fenômeno de conservação e transpiração de corpo, desafiando as leis da natureza, fascinou os médicos, os homens de ciência e as pessoas mais simples. Em agosto de 1952, eu mesmo toquei no seu corpo; poderia dizer que era um "morto-vivo". Que um cadáver se conserve não é um fenômeno único, porém que os restos mortais se conservem flexíveis, tenros, manejáveis, transpirando incessantemente, é um caso extraordinário e único no gênero. Este foi o caso de nosso Santo, cujo corpo se conservou e transpirou até o dia de sua Beatificação que se realizou no dia 5 de dezembro de 1965, no encerramento do Concilio Ecumênico Vaticano II. Podemos até dizer que seu corpo não conheceu a corrupção: depois de 1965, ele se decompôs simplesmente, e jamais se percebeu o odor que emana normalmente dos cadáveres ao abrir seus túmulos. Era ao contrário um odor agradável. Abriu-se o túmulo no dia 3 de fevereiro de 1976, e eu estive presente como responsável da sua Causa de Canonização; seu corpo está já decomposta, sobrando o esqueleto. No entanto os ossos conservam uma certa frescura e uma cor rosada (cor de vinho). Conforme a ciência, me afirmaram dois médicos, seis meses depois da morte, o esqueleto do ser humano, normalmente, é formado de ossos brancos e perfurados. Até hoje, ano 1998, nunca este fenômeno se encontrou no esqueleto de São Charbel. Em suma, seu corpo foi conservado até a sua Beatificação, depois ele "se volatilizou", sobrando o esqueleto que é conservado de uma maneira extraordinária. 

Santa Clara de Montefalco 



Uma santa italiana, Santa Clara de Montefalco, meditou muito sobre o mistério da Santíssima Trindade. Depois de sua morte achou-se no seu fígado três bolinhas iguais. Essas bolinhas tinham esse particular que cada uma delas pesava tanto quanto as três juntas. Que se pesasse uma, duas ou três, era sempre o mesmo peso. Uma imagem impressionante da Santíssima Trindade! Tome uma Pessoa divina: a natureza divina está toda nela. Tome duas Pessoas divinas: ela está toda nas duas. Tome todas as três, ela está toda nas três, mas tanto nas três quanto em uma só, como a bolinha que não pesava mais quando as três juntas ou quando uma só separada. Isso vem do fato que, diz Sto Anselmo, acrescentar Deus a Deus nunca dá mais que um Deus, assim como somar a eternidade à eternidade nunca dá mais que uma eternidade, como juntar uma superfície a uma superfície sempre dá uma superfície. A concepção da natureza divina pede que ela seja una e indivisível; é assim impossível que ela seja multiplicada. O catecismo exprime essa verdade quando diz: O Pai é Deus, o Filho é Deus, o Espírito Santo é Deus; não são três deuses, mas um só Deus em três Pessoas.


São Cura D'Ars 


João Maria Vianney ficou conhecido no mundo inteiro com o nome de "Cura" (Vigário) d'Ars, um pequeno lugarejo da França, país onde o santo nasceu em 1786. Morreu com 73 anos, em 1859. Tomou-se modelo para todo cristão e um exemplo para todos os párocos, vigários e sacerdotes. Sua festa litúrgica é celebrada no dia 4 de agosto e, por isso, essa data é o "Dia do Padre". Desde pequeno, Vianney queria ser padre. Todavia, seus problemas eram enormes, porque era pobre e tinha grandes dificuldades nos estudos. Quando conseguiu entrar no seminário, logo teve de sair, pois não conseguia dar conta do Latim e de outras matérias difíceis demais para ele, que era um simples camponês. Um antigo Vigário, Pe. Balley, muito ajudou João Maria a chegar ao sacerdócio. O bispo aceitou e finalmente João Maria pôde ser ordenado. Ordenado sacerdote aos 29 anos, um de seus primeiros trabalhos foi o de pároco numa pobre, esquecida e pequena aldeia chamada Ars, ao norte da França. Em Ars, João Maria encontrou um povo sem religião. A igreja vivia fechada. O pecado imperava ali. Começou, então, pelos contatos carinhosos com seu povo, e ficava lá, na igreja, sozinho, rezando. Já que não podia falar de Deus com o povo, ficava lá falando do povo com Deus. Aos poucos, o povo de Ars começou a rezar, a freqüentar a igreja e os sacramentos da Eucaristia e da Confissão. Padre João Maria Vianney mudou a paróquia. De toda a França vinham muitas pessoas para escutar suas pregações e para confessar-se com ele. Ele passava 15, 16, 18 horas por dia no confessionário. Sem milagres, sem curas, o santo "Cura d'Ars" atraia multidões para a igreja daquele lugarejo. Permaneceu lá, como Vigário, durante 40 anos. 


Santo Padre Pio (1887-1968), San Giovanni Rotondo, Itália 




 Padre Pio de Pietrelcina que se chamava Francesco Forgione, nasceu na Pietrelcina, num pequeno povo da Província de Benevento, em 25 de maio de 1887. Pertencia a  uma família humilde tendo  padrepio2.jpg (5839 byte)como  pai Grazio Forgione e a mãe Maria Giuseppa  Di Nunzio tinham outros filhos. Desde muito menino Francesco experimentou em si o desejo de consagrar-se totalmente a Deus e este desejo o distinguia de seus coetâneos. Tal "diferença" foi observada por seus parentes e amigos.  Narra a mamãe Peppa: "Não cometeu nunca nenhuma falta,  não tinha caprichos, sempre obedeceu a mim e a seu pai, a cada manhã e a cada tarde ia à igreja visitar a Jesus e a Virgem. Durante o dia não saia nunca com os seus companheiros. Às vezes eu dizia: - "Francì vá um pouco a brincar". Ele se negava dizendo: - "Não quero ir porque eles blasfemam". Do diário do Padre Agostinho de San Marco em Lamis, o qual foi um dos diretores espirituais do Padre Pio, soube que o Padre Pio, desde 1892 quando tinha apenas cinco anos, viveu já suas primeiras experiências místicas espirituais. Os Extasies e as aparições foram freqüentes, mas  para o menino pareciam serem absolutamente normais.

Com o passar do tempo, realizou-se para Francesco o que foi o seu maior sonho: consagrar totalmente a sua vida a Deus.

Em 6 de janeiro de 1903, aos dezesseis anos, entrou como clérigo na ordem dos Capuchinhos. Foi ordenado sacerdote na Catedral de Benevento, a 10 de agosto de 1910. Teve assim início sua vida sacerdotal que por causa de suas condições precárias de saúde, se passou primeiro em muitos conventos da província de Benevento. Esteve em vários conventos por motivo de saúde, assim, a partir de 4 setembro de 1916 chegou ao convento de San Giovanni Rotondo, sobre o Gargano, onde ficou até 23 de setembro de 1968, dia de seu pranteado falecimento.

Nesse longo tempo o Padre Pio iniciava seus dias despertando-se a noite, muito antes da aurora, se dedicava a oração e com grande fervor aproveitando a solidão e silêncio da noite. Visitava diariamente por longas horas a Jesus Sacramentado, preparando-se à Santa Missa, e daí sempre tirou as forças necessárias, para seu grande trabalho com as almas, levando-as até Deus no Sacramento da Confissão. Atendia confissão por longas horas, até 14 horas diárias, e assim salvou muitas almas.

Um dos acontecimentos que marcou intensamente a vida do Padre Pio foi que se verificou na manhã do 20 de setembro de 1918, quando, rezando diante do Crucifixo do coro da velha e pequena igreja, o Padre Pio recebeu o maravilhoso presente dos estigmas. Os estigmas ou as feridas foram visíveis e ficaram abertas, frescas e sangrentas, por meio século. Este fenômeno extraordinário tornou a chamar, sobre o Padre Pio a atenção dos médicos, dos estudiosos, dos jornalistas, enfim sobre toda a gente comum que, no período de muitas décadas foram a San Giovanni Rotondo para encontrar o santo frade.

Numa carta ao Padre Benedetto, datada de 22 de outubro de 1918, o Padre Pio narra a sua "crucifixão": O que posso dizer aos que me perguntam como é que aconteceu a minha crucifixão? Meu Deus! Que confusão e que humilhação eu tenho o dever de manifestar o que Tu tendes feito nessa mesquinha criatura!"

Foi na manhã do 20 do mês passado ( setembro ) no coro, depois da celebração da Santa Missa, quando fui surpreendido pelo descanso do espírito, pareceu um doce sonho. Toso os sentidos interiores e exteriores, além das mesmas faculdades da alma, se encontraram numa quietude indescritível. Em tudo isso houve um silêncio em torno de mim e dentro de mim; senti em seguida uma grande paz e um abandono na completa privação de tudo e uma disposição na mesma rotina.

Tudo aconteceu num instante. E em quanto isso se passava, eu vi na minha frente um misterioso personagem parecido com aquele que tinha visto na tarde de 5 de agosto. Este era diferente  do primeiro, porque tinha as mãos, o pés e o peito emanando sangue. A visão me aterrorizava, o que senti naquele instante em mim não sabia dizê-lo. Senti-me desfalecer e morreria, se Deus não tivesse intervindo sustentar o meu coração, o qual sentia saltar-me do peito. A visão do personagem desapareceu e dei-me conta de que minhas mãos, pés e peito foram feridos e jorravam sangue. Imaginais o suplício que experimentei então e que estou experimentando continuamente todos os dias. A ferida do coração, continuamente, sangra. Começa na quinta feira pela tarde até sábado. Meu pai, eu morro de dor pelo suplício e confusão que experimento no mais íntimo da alma. Temo morre en sangue, se Deus não ouvir os gemidos do meu pobre coração, e ter piedade de retirar de mim está situação..."

Durante anos, de todas as partes do mundo, os fiéis foram a este sacerdote estigmatizado, para conseguir a sua potente intercessão junto a Deus. Cinqüenta anos passados na oração, na humildade, no sofrimento e no sacrifício, de onde para atuar seu amor, o Padre Pio realizou duas iniciativas em duas direções: uma vertical até Deus com a fundação dos "Grupos de ruego", hoje chamados "grupos de oração"e outra horizontal até os irmãos, com a construção de um moderno hospital: "Casa Alívio do Sofrimento".

Em setembro os 1.968 milhares de devotos e filhos espirituais do Padre Pio se reuniram em um congresso em San Giovanni Rotondo para comemorar o 50 aniversário dos estigmas e celebrar o quarto congresso internacional dos Grupos de Oração. Ninguém imaginou que às 2h30 da madrugada do dia 23 de setembro de 1968, seria o doloroso final da vida do Padre Pio de Pietrelcina. Deste maravilhoso frei, escolhido pro Deus para derramar a sua Divina Misericórdia de uma maneira especial.


 Eusébio de Roma 





nasceu na ilha da Sardenha, no ano 283. Depois da morte do seu pai, em testemunho da fé em Cristo, durante a perseguição do imperador Diocleciano, sua mãe levou-o para completar os estudos eclesiásticos em Roma. Assim, muito jovem, Eusébio entrou para o clero, sendo ordenado sacerdote. Aos poucos, foi ganhando a admiração do povo cristão e do papa Júlio I, que o consagrou bispo da diocese de Vercelli em 345. Nessa condição, participou do Concílio de Milão em 355, no qual os bispos adeptos da doutrina ariana tentaram forçá-lo a votar pela condenação do bispo de Alexandria, santo Atanásio. Eusébio, além de discordar do arianismo considerou a votação uma covardia, pois Atanásio, sempre um fiel guardião da verdadeira doutrina católica, estava ausente e não podia defender-se. Como ficou contra a condenação, ele e outros bispos foram condenados ao exílio na Palestina. Porém isso não o livrou da perseguição dos hereges arianos, que infestavam a cidade. Ao contrário, sofreu muito nas mãos deles. Como não mudava de posição e enfrentava os desafetos com resignação e humildade, acabou preso, tendo sido cortada qualquer forma de comunicação sua com os demais católicos. Na prisão, sofreu ainda vários castigos físicos. Contam os escritos que passou, também, por um terrível suplício psicológico. Quando o povo cristão tomou conhecimento do fato, ergueu-se a seu favor. Foram tantos e tão veementes os protestos que os hereges permitiram sua libertação. Contudo o exílio continuou e ele foi mandado para a Capadócia, na Turquia e, de lá, para o deserto de Tebaida, no Egito, onde foi obrigado a permanecer até a morte do então imperador Constantino, a quem sucedeu Juliano, o Apóstata, que deu a liberdade a todos os bispos presos e permitiu que retomassem as suas dioceses. Depois do exílio de seis anos, Eusébio foi o primeiro a participar do Concílio de Alexandria, organizado pelo amigo, santo Atanásio. Só então passou a evangelizar, dirigindo-se, primeiro, a Antioquia e, depois, à Ilíria, onde os arianos, com sua doutrina, continuavam confundindo o povo católico. Batalhou muito combatendo todos eles. Mais tarde, foi para a Itália, sendo recepcionado com verdadeira aclamação popular. Em seguida, na companhia de santo Hilário, bispo de Poitiers, iniciou um exaustivo trabalho pela unificação da Igreja católica na Gália, atual França. Somente quando os objetivos estavam em vias de serem alcançados é que ele voltou à sua diocese em Vercelli, onde faleceu no dia 1o. de agosto de 371. Apesar de ser considerado mártir pela Igreja, na verdade santo Eusébio de Vercelli não morreu em testemunho da fé, como havia ocorrido com seu pai. Mas foram tantos os seus sofrimentos no trabalho de difusão e defesa do cristianismo, passando por exílios e torturas, que recebeu esse título da Igreja, cujo mérito jamais foi contestado. Com a reforma do calendário litúrgico de Roma, de 1969, sua festa foi marcada para o dia 2 de agosto. Nesta data, as suas relíquias são veneradas na catedral de Vercelli, onde foram sepultadas e permanecem até os nossos dias. 


 São João Bosco






Figura ímpar nos anais da santidade no século XIX, D. Bosco foi escritor, pregador e fundador de duas congregações religiosas, tendo sobretudo exercido admirável apostolado junto à juventude, numa época de grandes transformações. Dotado de discernimento dos espíritos, do dom da profecia e dos milagres, era admirado pelos personagens mais conhecidos da Europa no seu tempo. Plinio Maria Solimeo Nascido em Murialdo, aldeia de Castelnuovo de Asti, no Piemonte, aos dois anos de idade faleceu-lhe o pai, Francisco Bosco. Mas felizmente tinha ele como mãe Margarida Occhiena, que lembra a mulher forte do Antigo Testamento. Com sua piedade profunda, capacidade de trabalho e senso de organização, conseguiu manter a família, mesmo numa época tão difícil para a Europa como foi a do início do século XIX, dilacerada pelas cruentas guerras napoleônicas. João Bosco tinha um irmão, dois anos mais velho que ele, e um meio-irmão já entrando na adolescência. Lar pobre e religioso; a mãe, exemplo de virtudes A influência da mãe sobre o filho caçula foi altamente benéfica. "Parece que a paciência e a doce firmeza de Mamãe Margarida influenciaram São João Bosco, e que toda uma parte de sua amenidade, de seus métodos afáveis, deve ser atribuída aos modos de sua mãe, à sua maneira de ordenar e de prescrever, sem gritos nem tumulto. [...] Margarida terá sido uma dessas grandes educadoras natas, que impõem sua vontade à maneira de doce implacabilidade" [...]. "João Bosco é um entusiasta da Virgem. Mamãe Margarida lhe revelou, pelo seu exemplo, a bondade, a ternura, a solicitude de Mamãe Maria. As duas mães se confundem em seu coração. Dom Bosco será um dos grandes campeões de Maria, seu edificador, seu encarregado de negócios".



Santa Maria Mazzarello - 9 de maio



Nasceu no dia 9 de maio em Mornese, Itália. Sendo uma simples camponesa, pobre e ignorante, chegou a ser Fundadora da que é hoje a segunda Comunidade religiosa feminina no mundo (em relação ao número de religiosas), a Comunidade de irmãs Salessianas. Fundou em seu povoado um "Oratório" ou escola de catecismo para meninas. Ela e suas amigas lhes ensinavam costura e outras artes caseiras, enquanto iam conseguindo que as jovens aprendessem muito bem a religião, observassem excelente comportamento em casa, fossem à missa e recebessem os sacramentos. Paralelamente, São João Bosco utilizava em Turim uma metodologia similar, mas aplicada aos varões. O Padre Pestarino observou que em Maria Mazzarello e em suas amigas havia grande caridade para com os necessitados e um enorme amor a Deus, ademais de fortes desejos de conseguir a santidade. Então as reuniu em uma Associação Juvenil que se chamou: "De Maria Imaculada". Ele mesmo as confessava, lhes dava instrução religiosa. No decorrer de uma viagem, o Padre Pestarino se encontrou com São João Bosco, quem neste momento se encontrava meditando sobre a possibilidade de ampliar seus ensinamentos também a meninas pobres. Pestarino contou-lhe sobre a obra que realizava junto com Santa Maria e o convidou a conhecê-la pessoalmente. Assim, no dia 7 de outubro de 1864, São João Bosco foi por primeira vez a Mornese. Dom Bosco constatou que aquelas jovens que dirigia o Padre Pestarino eram excelentes candidatas para ser religiosas, e com elas fundou a Comunidade das Filhas de Maria Auxiliadora, ou salessianas, que hoje em dia são mais de 16.000 em 75 países. O Papa Pio IX aprovou a nova congregação, no dia 5 de agosto de 1572. Maria Mazzarello foi superiora geral até o dia da sua morte, o 14 de maio de 1881. Seus três grandes amores foram a Eucaristia, Maria Auxiliadora e a juventude pobre, à qual educou e salvou. 


São Vicente de Paulo





UM OLHAR SOBRE O POBRE - Um pobre para os pobres "Vicente de Paulo nasceu em 1581 no povoado de Pouy, França. Já em criança, conviveu com os pobres e experimentou as condições de sua vida. Em 1600, ordenou-se sacerdote. Muito embora por algum tempo tenha procurado fugir da pobreza de sua origem, contudo, com a orientação de directores espirituais, sentiu em si a urgência de buscar com empenho uma santidade mais profunda. Foi então levado pela Divina Providência, através dos acontecimentos de sua vida, a assumir o firme propósito de se dedicar à salvação dos pobres. Percebeu a grave urgência da evangelização dos pobres, quando exercia seu ministério em Gannes e, a 25 de Janeiro de 1617, em Folleville. Aqui se situa, conforme seu próprio testemunho, a origem tanto da sua vocação como da missão. Finalmente, em Agosto do mesmo ano, ao instituir, em Châtillon-les-Dombes, as "Caridades" para socorro dos enfermos carentes de todo cuidado, verificou e manifestou a íntima conexão existente entre a evangelização e o serviço dos pobres. Evangelização e caridade Foi na contemplação e no serviço de Cristo na pessoa dos pobres que sua experiência espiritual tomou forma gradativamente. Além disso, a visão de Cristo, enviado pelo Pai para evangelizar os pobres, tornou-se o centro tanto de sua vida como de seu trabalho apostólico. Com a atenção voltada para as interpelações da sociedade e do seu mundo, Vicente aprendeu a interpretá-las à luz de um amor cada vez mais intenso a Deus e aos pobres, oprimidos sob o peso de todo tipo de calamidades. Desse modo, sentiu-se chamado a ir em socorro de toda espécie de misérias. Entre diversas actividades, dedicou especial cuidado à Missão. Com efeito, para atender à evangelização dos camponeses, Vicente associou a si, por contrato passado a 17 de abril de 1625, seus primeiros companheiros, e estes, a 4 de setembro de 1626, assinaram um Acto de Associação, obrigando-se a formar uma Congregação, na qual, vivendo em comum, se dedicariam à salvação dos pobres camponeses. Formação do clero Enquanto se aplicavam à evangelização dos pobres, Vicente e seus companheiros chegaram à convicção de que os frutos da missão só poderiam perdurar entre o povo, se fossem tomadas providências para a formação dos sacerdotes. Iniciaram esta obra em 1628, na cidade de Beauvais, pregando, a instâncias do Bispo, retiros espirituais aos clérigos que se preparavam para as Ordens. Desse modo, estavam convictos de prover a Igreja de bons pastores. Mobilizador de vontades Para ir ao encontro das mais variadas necessidades, São Vicente reuniu em torno de si o maior número possível de pessoas, ricos e pobres, humildes e poderosos, empregou todos os meios para incutir-lhes o sentido do pobre como imagem privilegiada de Cristo, impelindo-os afinal a amparar directa ou indirectamente os pobres. A Comunidade das Filhas da Caridade, as Associações de Caridade, por ele fundadas, e outras delas derivadas seguiram esse voluntário e generoso devotamento e o assumiram como seu. O mesmo fizeram, até nossos dias, pessoas isoladas que conceberam o propósito de adoptar esse espírito. Missões ad gentes Seu zelo para com os pobres tomou novo incremento com a iniciativa das Missões ad Gentes, ao enviar seus primeiros coirmãos à Ilha de Madagáscar, em 1648. Enquanto crescia como Instituto, a Congregação definiu paulatinamente sua vocação, organização e vida fraterna. Afirmou cuidadosamente sua índole secular, embora seus membros firmassem sua estabilidade nela por um voto peculiar e pela prática da pobreza, castidade e obediência. Ainda em nossos dias, estas mesmas notas constituem o património da Congregação da Missão" 


 Santa Verônica Giuliani - 9 de Julho


Neste dia, celebramos Santa Verônica Giuliani, cujo nome de batismo era Úrsula Giuliani, que nasceu em Merccatello, perto de Urbino, no ano de 1660. Era a sétima filha do casal Francisco e Benedita Giuliani. Verônica ou Úrsula entrou para as irmãs clarissas aos dezessete anos de idade, na cidade de Castelo. No ano de 1697, lemos em seu diário - na sexta-feira santa, de madrugada, eu estava em oração... "Deus fez penetrar em minha alma a graça ao dar-me os sinais e as dores que o Verbo Divino havia sofrido pela minha redenção. Sentia em meu coração uma dor mortal". Assim descreve a recepção dos estigmas: "Eu vi sair de suas santas chagas cinco raios resplandecentes, e todos vieram perto de mim... Em quatro estavam os pregos, e no outro estava a lança, como de ouro, toda candente e me passou o coração de fora a fora". Quando vi estes estigmas exteriores - confia Santa Verônica ao seu diário - "chorei muito e roguei ao Senhor que se dignasse escondê-los aos olhos de todos ". Seu desejo foi ouvido, vivendo em reclusão total por toda a vida. Após a sua morte, ocorrida na cidade de Castelo no ano de 1727, numa sexta-feira, após 33 dias de doença, sobre seu corpo, que mostrava ainda as feridas da paixão, foi feita a autópsia e os médicos reconheceram que o coração realmente estava transpassado de fora a fora. Mas as finas páginas de seu diário, escritas durante mais de trinta anos e publicadas, formaram 44 volumes, enriqueceu a nossa literatura.

Eles tinham tudo para se decomporem

Cadáveres preservados de modo natural são rapidamente isolados do contato com a umidade, com o calor ou com outros agentes externos.
Com os santos incorruptos, porém, não foi assim.
Só para começar a conversa, muitos deles levaram vários dias para serem enterrados, devido à resistência dos fiéis em se separarem do objeto de sua veneração. Tome-se como exemplo São Bernardino de Siena, que ficou exposto para o culto dos fiéis por 26 dias, ou Santa Ângela Merici, cujo corpo ficou exposto para veneração pelo período de um mês.
Outros tantos foram preservados mesmo em condições extremamente adversas de umidade. Santa Catarina de Gênova permaneceu no túmulo por 18 meses, mas foi achada intacta apesar de sua mortalha estar úmida e deteriorada. Santa Maria Madalena de Pazzi foi desenterrada um ano depois de sua morte e, embora seu hábito estivesse encharcado, seu corpo permaneceu exatamente o mesmo. Nove meses após a sua morte, Santa Teresa de Ávila foi encontrada coberta de terra devido ao rompimento da tampa de seu caixão e, mesmo vestida com pedaços de tecido sujos e decompostos, o seu corpo não se encontrava apenas fresco, mas perfeitamente intacto e ainda exalando uma curiosa fragrância. A mesma resistência à umidade pôde ser verificada nos corpos de São Carlos Borromeu, Santa Catarina de Bolonha, Santa Catarina Labouré e São Charbel Makhlouf.
Outros corpos ainda, como os de São Colmano e São Josafá, resistiram ao ar e à água: o primeiro ficou suspenso por tanto tempo na árvore em que foi enforcado, que todos os habitantes da região se maravilharam com a sua preservação; o segundo, por sua vez, foi lançado em um rio, onde permaneceu por cerca de uma semana, sem sofrer nenhum dano.
São Francisco Xavier, São João da Cruz e São Pascoal Bailão resistiram de modo ainda mais impressionante a substâncias corrosivas que foram lançadas sobre eles. Também eles tinham tudo para se decomporem, mas resistiram milagrosamente.


Paz e Bem,